Já alguma vez sentiu vontade de comer algo, sem saber bem o quê, e não sentir propriamente fome? Esta sensação é bastante frequente e pode tratar-se de fome emocional.
Importa, em primeiro lugar, distinguir fome fisiológica de fome emocional:
Na fome fisiológica o nosso organismo dá-nos sempre algum sinal : dor de estômago ligeira a forte, dores de cabeça, alteração de humor e até pode causar eventualmente tonturas e sensação de fraqueza e, na fome fisiológica sabemos imediatamente que precisamos de comer alguma coisa e, na verdade, qualquer coisa nos satisfaz ou pelo menos reduz o desconforto.
A fome emocional, nada tem a ver com necessidades fisiológicas, mas decorre do nosso estado emocional e, por norma, há a tendência de procurar alimentos com características específicas, nomeadamente de elevado teor calórico, ricos em gordura e/ou açúcar. Surge por norma nos momentos em que sentimos a necessidade de nos recompensarmos por algo que nos destabilizou emocionalmente, levando a momentos de ingestão de alimentos de uma forma mais descontrolada e seguida de um sentimento de culpa.
Relativamente a estratégias para reduzir este tipo de situações passam por manter o apetite controlado para evitar excessos alimentares e facilitar a escolha de alimentos de uma forma consciente, controlar porções ao longo do dia, manter uma boa hidratação, descansar o número de horas suficientes e, o mais importante é evitar dietas restritivas, pois aumentam o estado de stress e ansiedade e podem ser a causa de uma relação negativa com a comida!
Por: Margarida Silveiro: Nutricionista do Clube de Saúde Kalorias Évora, membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas nº2724N.
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