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Porque devemos incluir curcuma na nossa alimentação?

A curcuma é uma especiaria que pertence à família do gengibre (Zengiberaceae) e que cresce em ambientes tropicais(1).


Os efeitos da curcuma na saúde estão associados à curcumina, o pigmento que lhe confere a cor amarela intensa. A curcumina possui propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antidiabéticas, anticancerígenas, antivirais, antibacterianas, antiparasitárias e antifúngicas(2). Neste sentido, a curcuma pode ajudar a promover um papel protetor ou mesmo no tratamento de doenças pulmonares e cerebrais, a acelerar a recuperação após uma cirurgia e a tratar algumas doenças inflamatórias como a osteoartrite, o lúpus e a doença inflamatória intestinal(3).


Se consumirmos curcuma e adicionarmos pimenta-preta, os níveis de curcumina no sangue podem ser estimulados significativamente(4). Além disso, se for utilizada uma boa fonte de gordura na preparação culinária, a biodisponibilidade da curcumina aumenta entre 7 a 8 vezes(4). A curcuma cozinhada parece oferecer maior proteção ao ADN, enquanto que a curcuma em cru poderá potenciar maiores efeitos a nivel anti-inflamatório(5). Então porque não consumir de ambas as formas? A curcuma fresca tem um sabor mais subtil que a seca, sendo que pode ser uma opção viável para quem não gosta do sabor especial da curcuma.


E para obter todos estes efeitos, não poderíamos simplesmente tomar um suplemento de curcumina? Na realidade, a curcumina não é equivalente à curcuma. Outros componentes desta especiaria também parecem contribuir para as suas atividades promotoras de saúde(2,6).


Embora a curcuma tenha propriedades únicas, o consumo generalizado de ervas aromáticas e especiarias contribui, não só, para o nosso paladar, como também é benéfico para a saúde.


 

Bibliografia


1. Kocaadam B, Şanlier N. Curcumin, an active component of turmeric (Curcuma longa), and its effects on health. Critical Reviews in Food Science and Nutrition. 2017;57(13):2889-2895. doi:10.1080/10408398.2015.1077195


2. Aggarwal BB, Yuan W, Li S, Gupta SC. Curcumin-free turmeric exhibits anti-inflammatory and anticancer activities: Identification of novel components of turmeric. Molecular Nutrition and Food Research. 2013;57(9):1529-1542. doi:10.1002/mnfr.201200838


3. Hay E, Lucariello A, Contieri M, et al. Therapeutic effects of turmeric in several diseases: An overview. Chemico-Biological Interactions. 2019;310. doi:10.1016/j.cbi.2019.108729


4. Anand P, Kunnumakkara AB, Newman RA, Aggarwal BB. Bioavailability of curcumin: Problems and promises. Molecular Pharmaceutics. 2007;4(6):807-818. doi:10.1021/mp700113r


5. Percival SS, vanden Heuvel JP, Nieves CJ, Montero C, Migliaccio AJ, Meadors J. Bioavailability of herbs and spices in humans as determined by ex vivo inflammatory suppression and dna strand breaks. Journal of the American College of Nutrition. 2012;31(4):288-294. doi:10.1080/07315724.2012.10720438


6. Kim JH, Gupta SC, Park B, Yadav VR, Aggarwal BB. Turmeric (Curcuma longa) inhibits inflammatory nuclear factor (NF)-κB and NF-κB-regulated gene products and induces death receptors leading to suppressed proliferation, induced chemosensitization, and suppressed osteoclastogenesis. Molecular Nutrition and Food Research. 2012;56(3):454-465. doi:10.1002/mnfr.201100270


 

Por: Alice Dias: Nutricionista do Clube de Saúde Kalorias Évora, membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas nº4413N

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