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Adoçantes naturais, são boas escolhas?

“Açúcar ou adoçante” - quantas vezes já ouviu esta pergunta?


A primeira grande diferença entre o açúcar e o adoçante é que o primeiro é de origem natural, extraído maioritariamente de plantas, como a cana do açúcar, e o segundo é obtido a partir de diversas matérias-primas, naturais ou não, mas ambos são submetidos a processos de fabrico que os tornam mais ou menos nutritivos.


Mas na hora de comprar, e para o consumidor final, tudo isto pouco importa. O que mais influencia a escolha é sem dúvida o valor calórico, o açúcar tem 4Kcal por grama e os adoçantes são isentos de calorias ou têm um valor calórico muito reduzido.


E para a saúde qual o melhor?


Ainda ninguém consegue ter uma resposta concreta para esta questão, mas existem adoçantes ditos “naturais” que, como tudo na vida, podem ser usados com conta, peso e medida!


Sim, é verdade, eles existem e os mais conhecidos são: o eritritol, o xilitol, a stevia e monk fruit.


Eritritol: é um “poliol” ou “açúcar-álcool” extraído de plantas e frutas (como o melão e as uvas, por exemplo), tem uma capacidade adoçante 30% mais reduzida que o açúcar, logo é considerado um adoçante muito suave. A sua principal vantagem é ser pouco calórico e não alterar os valores de glicose no sangue (baixo impacto glicémico), sendo bem tolerado por diabéticos. Como não é digerido, nem absorvido pelo organismo, quando consumido em quantidades desadequadas, pode causar incómodos gastrointestinais, pois acaba por fermentar no intestino. Pode ser usado para adoçar qualquer alimento ou bebida.


Xilitol: com um valor calórico superior ao eritritol, cerca de 2,4Kcal por grama, também é extraído de plantas e frutas e também é um “poliol”. Pode ser usado para adoçar alimentos e bebidas e é resistente a temperaturas elevadas, logo pode ser usado em preparações culinárias que exijam mais temperatura na confeção. É um adoçante refinado, desprovido de nutrientes, mas que está a ser muito estudado pois apresenta benefícios para a saúde oral ao prevenir cáries dentárias. Pode causar incómodos gastrointestinais quando consumido em excesso, tal como o eritritol.


Stevia: extraído da planta com o mesmo nome, não possui Kcal mas é extremamente doce, adoça 300 vezes mais que o açúcar. Pode ser encontrado na forma líquida ou granulado e tem um sabor ligeiramente amargo que não agrada a todos. Através da indicação de um profissional de saúde pode ser usado por grávidas e crianças.


Monk fruit ou fruta do monge: também conhecido como Luo Han Guo, é extraído de um melão cultivado na ásia e usado por monges budistas. É um adoçante com zero Kcal, significativamente mais doce que o açúcar, até 200 vezes mais doce, mas tem um sabor agradável e um baixo impacto glicémico.


Apesar de serem consideradas opções “naturais”, devem ser usadas com moderação. Procure um profissional de nutrição e alimentação e perceba se pode ou não consumir este tipo de “recursos” alimentares e qual a melhor forma de o fazer. Açúcar e adoçante devem ser usados com consciência, pois podemos perfeitamente viver sem eles!


 

Referências:




MOURA, Joana. Alimentação Fora da Caixa. 1ª Edição. Lisboa. Influência: maio, 2022.


 

Por: Ema Mateus Roupa: Nutricionista do clube de saúde Kalorias Sines, membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas nº0702N

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